terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Intervenção Psicopedagógica - A Tarefa


Quando falamos "tarefa" na Clínica Psicopedagógica, dizemos de toda atividade em que o paciente se embrenhe e produza como forma de aprendizado. Planejar e executar e as nuances mínimas, porém importantes desse movimento, são mobilizadoras do sentimento de capacidade do sujeito aprendente.
           Quando um paciente chega a clínica, após a avaliação diagnóstica e a produção da caixa de trabalho, costumo propor uma busca por aquilo que o sujeito gosta e o que poderia ser feito a partir disso.
           R. tem apenas 6 anos, de acordo com ela 7, pois daqui a 2 dias faz aniversário. Veio a Clínica por dificuldades em se alfabetizar e também por sentir-se (já!) um tanto incapaz diante daquilo que lhe era solicitado.
        R. como toda menina de sua idade adora recortar, colar, e fazer coisas "fofas" de preferência com a cor rosa. E assim foi: algumas sessões foram  para planejar: o que colar, o que cortar, qual será o produto final? Depois de decidido esses detalhes, passamos a execução: como fazer cada uma das coisas que foram pensadas?
          Ao final de sua produção (um céu a noite) ficou muito orgulhosa, a ponto de planejar (agora sozinha) fazer o dia também. Só havia um problema- posto por mim logicamente: todo mundo que via sua produção perguntava o que era e quem fez. Diante da colocação, respondeu R: "Vamos escrever então! Assim você não precisa ficar repetindo, repetindo, toda vez que alguém pergunta".
     A necessidade se fez. O desejo se impôs. Uma barreira caiu!

Dicas de leitura: Jorge Visca, Pichón Rivier, Sigmund Freud, Emília Ferreiro em minhas interpretações.

Fonte: por Raquel Romano (psicopedagoga)
fone: http://fazendoclinicas.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário