segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia do Professor

Homenagem aos nossos mestres com carinho...

“DEPAC–transtorno do processamento auditivo–como trabalhar com esse aluno?

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Aluno distraído, dificuldades para entender, audição normal? DEPAC x Dificuldades de Aprendizagem????
Se um aluno que apresenta um dificuldade de entender, não apresenta participatividade em sala de aula, quando questionado ou chamado atenção aparenta não ter ouvido, mas apresenta um exame de audição normal, é preciso ficar  mais atento com este aluno, pois ele pode ter uma “DISFUNÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITVO CENTRAL – DEPAC”.
Alguns alunos  com esse comportamento, que  resultando  em dificuldades de aprendizagem, preocupam os professores. Os pais pensam ter um filho que não tem vontade de aprender, desinteressado e preguiçoso, desde que nenhum exame detectou uma falha na  audição.

O DEPAC, uma disfunção do processamento auditivo, consiste numa dificuldade em lidar com as informações que chegam pela audição. O indivíduo detecta os sons normalmente, que pode ser avaliado pela audiometria tonal liminar, no entanto, há dificuldades em atribuir significado ao conjunto de sons detectadosEssa medida das habilidades auditivas na análise e interpretação dos sons é realizada por avaliações auditivas comportamentais, e o DEPAC indica a dificuldade em analisar e/ou interpretar sons.

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Como os pais e  os professores podem ajudar?
- Fale pausadamente, articulando bem;
-Fale alto, mas não grite;
-Fale uma coisa de cada vez;
-Repita uma ordem, várias vezes;
-Use frases curtas;
-Quando a criança fizer uma pergunta, sempre dê uma resposta;
Adicione informações á fala da criança, para que ela possa aprender novas palavras;
-No início diminua os barulhos da casa (desligar o rádio e televisão) ou da sala de aula (pedir silêncio), quando estiver falando com as crianças;
-Antes de começar a falar, chame a criança pelo nome, olhe ou toque a criança e garanta que ela esteja  a olhar par si;
-É importante ter um tempo para a criança, diariamente, pelo menos 15 minutos, para contar histórias, cantar músicas, descrever as atividades do dia-a-dia;
-Procure não rotular a criança de desinteressada, preguiçosa, desinteressada e tagarela,..., mas sim compreender que a criança com DEPAC cansa mais facilmente que as outras, de prestar a devida atenção, perde pistas acústicas do sinal  da fala e como isto deixa de entender o que lhe está ensinando, o mais importante: a criança que tem DEPAC não tem problema cognitivo ou emocional, para aprender, apenas perdeu a informação que foi dada via sentido de audição.
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DPAC (Distúrbio do Processamento Auditivo Central)
                                            X
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

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Para conseguirmos ouvir necessitamos da integridade de todas as estruturas do no sistema auditivo. As estruturas envolvidas no processo da audição são didaticamente divididas em três grupos, o ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.
1- O ouvido externo é composto pelo pavilhão auricular e o canal auditivo
2- O ouvido médio é formado pela membrana timpânica e, a cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo).
3- O ouvido interno é composto pela cóclea e os canais semicirculares.
Como ouvimos os sons? O pavilhão auricular é responsável por captar os sons provenientes do ambiente, que são conduzidos pelo canal auditivo até chegar à membrana timpânica. O tímpano recebe então esta vibração vinda das ondas sonoras e, as transmite aos ossículos, movendo o martelo que faz vibrar a bigorna e por sua vez vibra o estribo. O estribo está anatomicamente ligado à cóclea pela janela oval (pequeno orifício), que lhe transmite o sinal elétrico. A cóclea está conectada ao nervo vestíbulo-coclear, VIII par craniano, que envia a este o impulso nervoso. O impulso nervoso é conduzido ao centro de audição do córtex cerebral, que é responsável por interpretar estes sinais nervosos.
O que é Processamento Auditivo Central (PAC)? “Processamento auditivo se refere aos processos envolvidos na detecção, na análise e na interpretação de eventos sonoros. Estes processos acontecem no sistema auditivo periférico e no sistema auditivo central. É desenvolvido nos primeiros anos de vida, portanto é a partir da experienciação do mundo sonoro que aprendemos a ouvir.” É o processo de decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa até o córtex cerebral, ou seja, a capacidade de analisar, associar e interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da audição. Quais são as habilidades auditivas centrais testadas? Como ainda não conseguimos identificar com detalhes como o sistema auditivo realiza o processamento auditivo, identificamos algumas habilidades que devem ser testadas:
Atenção seletiva: é a capacidade de selecionar estímulos, é avaliado através de estímulos verbais de escrita dicótica.
Detecção do som: é a capacidade de perceber, identificar a presença de um som, é avaliada através de audiometria, discriminação vocal, timpanometria e pesquisa de reflexo.
Sensação sonora: é quando um estímulo é recebido pelo sentido da audição, é quando o indivíduo tem a sensação se o som é alto ou baixo, forte ou fraco, longo ou curto.
Discriminação: é o processo de detectar diferenças entre os estímulos sonoros.
Localização: é saber local da origem do som, é avaliado através da localização sonora em cinco direções.
Reconhecimento: requer aprendizado, é avaliado através de logoaudiometria pediátrica, para o reconhecimento de frases na presença de mensagem.
Compreensão: dar significado ao som escutado.
Memória: arquivar informações e recuperá-las quando houver necessidade, é avaliado através de memória sequencial para sons verbais (pa, ta, Ca) e não verbais (guizo, coco, sino, agogô).


DPAC X TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
O que é um distúrbio do processamento Auditivo Central (DPAC)? “É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas”; mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem. Criança portadora de distúrbio de aprendizagem tem dificuldades em vários aspectos do processamento auditivo linguístico e apresentam falhas cognitivas. É possível que comprometimentos linguísticos ou cognitivos possam ser resultantes de problemas perceptuais.
Sintomas do Distúrbio do processamento Central Auditivo (DPAC):

- Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade em escutar em ambientes ruidosos;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Não entende o que foi dito;
- Solicita com frequência a repetição das informações: Ah? O quê? Pode repetir?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou ideias abstratas;
- Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números...
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo;
- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/), principalmente os sons /R/ e /L;
- Alterações de pronúncia;
- Dificuldade em localizar a origem dos sons.
- Dificuldades com o significado das palavras;
- Inversões de letras;
- Dificuldade em associar letras do alfabeto com seus respectivos sons;
- Rendimento escolar Inferior em leitura, gramática, ortografia, matemática;
- Dificuldade em aprender uma língua estrangeira.
O que pode causar o DPAC?

- Genética, um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes;
- Otites frequentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados);
- Permanência em UTI - Neonatal por mais de 48 horas;
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.
Os sintomas comportamentais de crianças encaminhadas para a avaliação do PAC:


- Crianças com alteração de comportamento, de atenção e dificuldades auditivas não orgânicas.
- Crianças com suspeita de distúrbio de aprendizagem, cuja queixa é apresentada pelos pais ou professores.
- Crianças encaminhadas por apresentarem distúrbio de comportamento social.

Fonte: Blog soatividadesparasaladeaula.blogspot.com.br

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que é Intervenção Psicopedagógica?


A Intervenção Psicopedagógica é um procedimento que busca otimizar a vida acadêmica da criança e do adolescente, a partir das descobertas acerca do "não aprender" ou do "aprender com dificuldade", investindo no potencial (facilidades) encontrado. 

Nossos objetivos:
 Orientação e organização de estudos
 Desenvolvimento de recursos para a aprendizagem
 Instrumentalização com técnicas que facilitem o aprender
 Mediação escola, família e aluno
 Orientação para escola quanto ao manejo do caso

Por Dra. Ana Beatriz Barbosa da Silva

Livro: Bulliyng: Mentes perigosas nas escolas


Autora: Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva
Editora: Objetiva/Fontanar

De origem inglesa, a palavra bullying corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica que ocorrem nas instituições de ensino. É um tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.
 

Algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas --altos ou baixos demais, gordinhos ou muito magros, tímidos, nerds, mais frágeis ou muito sensíveis--, sofrem intimidações constantes. Discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem caladas frente ao comportamento de seus ofensores. E as consequências podem ser desastrosas: desde repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, mesma autora de "Mentes Perigosas" e "Mentes Inquietas", como é normal que as crianças impliquem uma com as outras, se deem apelidos e briguem de vez em quando, nem sempre é fácil identificar quando o problema aparece. Por isso, é preciso que pais e professores estejam atentos para que percebam quando brincadeiras sadias, que ocorrem de forma natural e espontânea entre os alunos, se tornam verdadeiros atos de violência e perversidade ou quando apenas alguns se divertem à custa de outros que sofrem. 

Em "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas", a dra. Ana Beatriz faz uma análise profunda sobre um dos tipos de violência cada vez mais noticiado, que precisa com urgência ser combatido. "Além de os bullies (os agressores) escolherem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa autoestima. A prática de bullying agrava o problema preexistente, assim como pode abrir quadros graves de transtornos psíquicos e/ou comportamentais que, muitas vezes, trazem prejuízos irreversíveis." 

"No exercício diário da minha profissão, e após uma criteriosa investigação do histórico de vida dos pacientes, observo que não somente crianças e adolescentes sofrem com essa prática indecorosa, como também muitos adultos ainda experimentam aflições intensas advindas de uma vida estudantil traumática", alerta a psiquiatria. 

De forma acessível e muito esclarecedora, o livro faz uma investigação do problema, trazendo informações necessárias aos pais, professores, alunos e profissionais de diversas áreas para identificar esse tipo de violência e suas consequências, como também o que se pode fazer para combatê-la.

Neuropsicopedagogia


    O QUE É A NEUROPSICOPEDAGOGIA?

A Neuropsicopedagogia é uma área de conhecimento e pesquisa na atuação interdisciplinar, voltada para os processos de ensino-aprendizagem, que integra avaliação e a intervenção em situações que envolvam esses processos no plano individual ou coletivo. Ela ainda é considerada uma práxis (prática fundamentada em referenciais teóricos) e não uma ciência.

Entende-se como:
“Área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio – econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquirida.” ROTTA Apud COSENZA:2010


O que diferencia a Neuropsicopedagogia da Psicopedagogia?

A Neuropsicopedagogia:
Sua análise está inserida no contexto em que se desenvolve o processo de aprendizagem; a leitura dos problemas que emergem da e na interação social voltada para o sujeito que aprende; busca compreender os fatores que intervêm nos problemas, discriminando o particular e o geral, o específico e o universal, na busca de alternativas de ação para uma mudança significativa nas posturas frente ao ensinar e ao aprender, pautada em uma essência específica e diferenciada da psicopedagogia.

A Psicopedagogia:
Área de estudo da neuropsicologia que avalia,diagnostica, estuda e intervenciona frente a aprendizagem humana e suas intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz, dotado de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a tomar decisões avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva. RUBINSTEIN Apud SCOZ:2007


Onde atuará o Neuropsicopedagogo?

O profissional poderá desempenhas funções como:
• Modalizar patogênia frente aos T.A.S;
• Reorganizar fases neurais frente aos T.A.S, refazendo engramas equivocados devido a lesão neurológica;
• Identificar panorama cognitivo pós lesão a fim de adequar o currículo;
• Promover adequação emocional do educando com síndromes neurológicas / condições neuropsiquiátricas ao contexto de grupo.
• Assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de Educação Especial Inclusiva, Atendimento Clínico ou, em mais recente proposta, no apoio ao trabalho com a Saúde Mental.

O especialista em Neuropsicopedagogia terá as seguintes competências:
• Atuação frente ao desenvolvimento cognitivo humano e profilaxia frente os T.A.S;
• Elaborar publicações científicas frente as técnicas de reabilitação / prognóstico em periódicos da área ou afins;
• Postura interdisciplinar,dinamismo e ética;
• Visão sistêmica dos processos;
• Polivalência teórica mantendo a especificidade em sua área de atuação;
• Elaborar pareceres técnicos, laudos e outras comunicações profissionais;
• Produção de saberes a partir de capacitações e reflexões frente a sua práxis;

Quais as bases para o seu surgimento?

• Lei 3124/97 – Senado Federal.
• Certificado de especialista com registro no MEC – CNE;
• Estar devidamente registrado na ABPp;

FONTE: http://site.psicopedagogia-sp.com/neuropsicopedagogia.html

TDAH



Sugestões de Jogos Psicopedagógicos


1- Trilha Objetivo: Vai depender do desafio estipulado Material necessário: 1 folha de papel cartão ou EVA ou A3, para servir de tabuleiro, papéis coloridos para fazer as casas da trilha, cartões que corresponderão aos desafios. Jeito de Fazer e de jogar: Ao confeccionar a trilha, apenas numerar as casas e estipular cores, pois essa mesma trilha irá servir pra vários desafios. Ex. de desafios: completar uma palavra ou frase, cálculos,formar frase, perguntas sobre assuntos trabalhados, leitura de palavras, figuras pra escreveram o nome delas na lousa....... 

 2- Jogo da Memória Relacionando palavra X figura. (2 a 4 jogadores) Objetivo: Construir e jogar o jogo juntamente com a criança para melhor fixação das palavras. Material necessário: quadrado de cartolina, revistas contendo variados tipos de figuras, cola, tesoura,canetinhas, papel rascunho, lápis e borracha, computador e impressora. Jeito de Fazer e de jogar: Pede-se à criança que escolha uma figura da revista, recortar e colar num dos quadrados. Escrever o nome da figura a lápis, numa folha rascunho, depois escrever em outro pedaço de cartolina com a canetinha, para reforçar ainda mais, escrever no computador a mesma palavra. Repetir este procedimento tantas forem as figuras escolhidas para o jogo. No final imprimem-se as palavras digitadas e deixa a criança levar para casa. 

 3- Massa de Modelar (individual) Objetivo: Construir letras e formar palavras fazendo relação tátil cinestésica. Material necessário: massa de modelar, lápis, borracha, papel. Receita da massa de modelar: 1 xíc. trigo, 1 xíc. de água fervendo, 1 colher de sopa de sal, 2 colheres de sopa de vinagre, ½ xícara de creme pra mãos. Misturar tudo e ir acrescentando trigo até dar o ponto. Para a massinha ficar colorida, usar anilina ou Ki suco. Jeito de Fazer e de jogar: Escrever uma palavra usando a massa de modelar. Essa palavra pode ser sobre um assunto trabalhado, partir de uma figura, enfim, cada professor escolhe a melhor maneira. Pedir que passe o dedo indicador sobre as letras feitas com a massa (de olhos abertos)após, pede-se que feche os olhos e novamente passe o dedo sobre as letras. Quando concluído pede-se para escrever numa folha a palavra tateada. Variação: Com Areia Objetivos: Discriminação tátil, perceptiva das letras escrita, leitura Material Necessário: Areia colorida, caderno para registro. Jeito de Fazer e de jogar : Deixar as crianças escreverem em cartões, as letras do alfabeto, passar cola e despejar areia por cima (cada criança deverá ter um alfabeto completo em um saquinho). Após as letras estarem secas, pedir que sorteiem uma letra do saquinho, passem o dedo indicador sobre ela com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. Depois desses 2 movimentos, pedir que registrem a letra no caderno.

 4 e 5- Basquete e Campo de Futebol (2 a 4 jogadores) Objetivo: desenvolver a atenção, concentração, controle respiratório, trabalhar a área pneumofonoarticulatória. Material necessário: cartolina, copinho de café, algodão, canudo fino/grosso. Jeito de Fazer e de Jogar: As crianças recebem os materiais e lhes é solicitado que criem um campo de basquete e um campo de futebol. A bola é feita com chumaço de algodão. Com o canudo, ora fino, ora grosso, colocar, através de sucção (no basquete) e assoprando (futebol), a bola deve ser colocada dentro do copinho de café, que deverá ser aberto embaixo. No futebol deve ser levada ao gol, assoprando. O copinho de café deve ser colado mais alto, tipo cesta de basquete mesmo, usando uma cartolina mais grossa para fazer o “poste” e colar o copinho nele. O gol pode ser feito com o material que achar mais prático. 

 6- Pescaria (2 a 4 jogadores) Objetivos: Desenvolver a atenção, concentração, coordenação motora, linguagem oral e escrita e o cálculo mental. Material Necessário: Peixinhos em EVA, vara de pesca com imã na frente. Jeito de Fazer e de jogar: Confeccionar vários peixinhos, Escrever ou colar palavras, figuras, cálculos frases atrás desses peixes. Em cima dos peixes, colar um imã. Colocar na ponta da vara de pescar um imã. Os peixes são espalhadas no chão. Uma criança de cada vez, pesca um desses peixes e faz o que se pede atrás das fichas. Nos peixes que contém palavras, deve apenas lê-la. Nos peixes que contém uma figura, deve escrever o nome da mesma no quadro. Nos peixes que contém frases, também deve lê-la. E nos peixes que contém os cálculos, deve resolvê-lo mentalmente. A pescaria termina quando todas os peixes forem pescados. Outras possibilidades: Podem-se colar perguntas sobre diversos assuntos estudados ou de conhecimentos gerais, dependendo do nível da turma. 

 7- Brincando e Aprendendo Ortografia (com a turma toda) Objetivos: Desenvolver a atenção e a concentração, desenvolver a linguagem oral e escrita, acertar e memorizar a grafia correta das palavras Material Necessário: Papel cartão, EVA ou restos de papéis coloridos, tesoura, cola, dois marcadores, letras impressas (R,RR,S,SS,Z,Ç,SC,X,CH,G,J), aproximadamente 60 palavras impressas contendo as letras acima discriminadas. Jeito de Fazer e de jogar: Confeccionar um tabuleiro (30x10 cm) com o papel cartão. Com o eva ou papel colorido, fazer uma trilha. Confeccionar outro tabuleiro (21x10 cm), dividir esse tabuleiro em 11 partes. Em cada parte colar ou escrever as letras impressas. Confeccionar + ou -60 fichas (7x5 cm) também em papel cartão. Escrever palavras que contenham as letras impressas. Cada participante receberá um tabuleiro com a trilha e um tabuleiro contendo as letras impressas e dois marcadores. O leitor (aqui sendo o professor) embaralha as fichas e as coloca virada com a face para baixo. O leitor pega a primeira ficha e lê em voz alta para os demais participantes. Assim que o leitor disser a palavra, os demais jogadores deverão colocar o marcador na letra que corresponde à grafia correta da palavra. Assim que todos derem o seu palpite, é hora de conferir a resposta. O leitor então diz aos jogadores a grafia correta. Quem marcou a alternativa correta, avança uma casa no outro tabuleiro, quem marcou a alternativa errada, deve voltar uma casa. O jogo prossegue até alguém andar todas as casas do tabuleiro. O papel de leitor pode ser alternado entre os jogadores. A palavra lida pode ser escrita numa folha, após ser conferida a sua grafia. Após o jogo pode ser feito um ditado com as palavras lidas.

 08- Formando frases com as letras sorteadas (todos da sala) Objetivos: Desenvolver a criatividade, formar frases. Material Necessário: Um saco contendo as letras do alfabeto repetidas várias vezes, folha, lápis,borracha. Jeito de Fazer e de jogar: Cada criança retira 4 letras do saco e deve formar uma frase onde cada palavrada frase inicie com as letras sorteadas. EX: P R T E = Paulo recebeu tarefa extra. 

 09- Jogo dos 7 erros (duplas) Objetivos: Observar, compreender e assimilar a escrita correta das palavras. Material Necessário: Uma folha contendo várias palavras, dentre essas palavras, 7 deverão ter algum erro. Jeito de Fazer e de jogar: A dupla trabalha em conjunto, descobrir qual palavra contém o erro, circular a palavra e depois escrevê-la corretamente ao lado ou embaixo. EX: caza – tempo – chacaré – exemplo –jelatina, pato – qato... 

 10- Construção de palavras com o alfabeto móvel (individual) Objetivo: Construir palavras utilizando o alfabeto móvel. Material necessário: tiras de cartolina, diversas figuras, um alfabeto móvel e computador + impressora se tiver. Jeito de Fazer e de jogar: Em cada tira de cartolina colar uma figura, fazer traços com o respectivo número de letras a ser usado para a construção da palavra com o alfabeto móvel. Após montar a palavra com o alfabeto móvel, a criança irá escrever a mesma palavra no computador, reforçando, portanto, o registro da palavra. No final imprimem-se as palavras digitadas e deixa a criança levar para casa. 

 11- Jogo dos Canudinhos (2 a 4 jogadores) Objetivo:Relacionar número à quantidade e diferenciar quantidades maiores/menores, multiplicação. Material necessário: 2 dados, 20 canudinhos Jeito de Fazer e de jogar: Os canudos ficam no centro da mesa. Cada participante joga os dois dados de uma só vez e conta quantos pontos fez. O outro participante faz o mesmo. Quem fizer mais pontos, tem o direito de pegar um canudo. Ganha o jogo quando acabar os canudos do centro da mesa. No final contam se quantos canudos cada participante conseguiu pegar. Pode-se variar o jogo como: joga-se os dois dados, quando a soma for 7, pega-se um canudo. Outra variante é jogar 2 dados e pegar o número de canudos correspondente a um dos dados e colocar estes na vertical. Jogar o outro dado, pegar os canudos e colocar estes, na horizontal, sobre os canudos que estão na vertical. Contam-se os “encontros” e este é o resultado da multiplicação. EX: 5 X 3 = 15 

 12- Corrida (2 a 4 jogadores) Objetivo: Trabalhar os sinais da adição e subtração e seu respectivo valor. Material necessário: 1 folha de papel cartão ou EVA, para servir de tabuleiro, 80 círculos, numerados de 1 a 20 (+ou- 4cm de diâmetro), 4 marcadores, fichas de cartolina, contendo as ordens: +1 +2 +3 +4...-1 - 2 -3 -4 ( repetir 6x ou mais) Jeito de Fazer e de jogar: No papel cartão, formar 4 “pistas” numerada de 1 a 20. Os participantes devem escolher a cor da sua pista e colocar o seu marcador antes do número 1. Combinar quem iniciará o jogo. O participante que irá iniciar, deve retirar uma ficha do monte e seguir com o seu marcador a quantidade de casas que indicar na ficha. Vence quem primeiro chegar a casa 20 ou passar dela.

 13- Jardim Pedagógico (2 a 4 jogadores) Objetivo:Trabalhar centena , dezena e unidade. Material necessário: 1 folha de papel cartão ou EVA preto para servir de tabuleiro, 4 gramadinhos feito de EVA verde, retalhos de papéis coloridos pra confeccionar as flores e um dado comum. Jeito de Fazer e de jogar: Com o EVA verde, confeccionar os gramados e colar nas pontas do tabuleiro. Confeccionar 40 flores médias, sendo 10 de cada cor, 40 flores pequenas, sendo 10 de cada cor também e 1 flor grande (cor diferenciada). Colocar as flores pequenas espalhadas pelo tabuleiro. Combinam quem iniciará o jogo. O primeiro participante joga o dado e recolhe do “jardim” tantas flores pequenas quanto o número mostrado no dado. Toda vez que possuir 10 flores pequenas, irá trocar por uma flor média. Irá devolver as flores pequenas ao “jardim” e começar recolhendo elas novamente, até possuir 10 flores médias e trocá-la pela flor maior. Vence o jogo quem conseguir a flor maior. 

 14- Trabalhando o Sistema de Numeração Decimal (2 a 4 jogadores) Objetivo: Formar números e refletir sobre o valor posicional dos algarismos. Material necessário: Confeccionar em cartolina, cartas numeradas de 0 a 9 (fazer 3x) e um placar contendo as ordens M C D U para cada jogador conforme modelo abaixo, caderno de matemática. Jeito de Fazer e de jogar: Cada um, na sua vez tira um cartão com um número e coloca sobre um dos espaços em branco no placar, até que todos os espaços estejam preenchidos. Depois que a carta for colocada, não poderá mais ser retirada. O objetivo é conseguir formar o maior ou menor número conforme o combinado no início do jogo. Formar, cada um, pelo menos 5 números. Cada número que formar, anotar no caderno. Após cada participante ter construído o seus números, criar atividades em cima do jogo. Ex: maior/menor número, decompor os números, escrita, ordem crescente e decrescente, sucessor e antecessor soma dos números... 

 15- Jogo do Tapa (dupla) Objetivo: trabalhar a percepção, agilidade de raciocínio, identificar os numerais até 10. Material necessário: cartas numeradas de 1 até 10 (repetir 4 vezes cada número) Jeito de Fazer e de jogar: Distribuir as cartas uma a uma para cada jogador. Estas devem ser juntadas na mão e sendo que as mesmas devem ficar viradas para baixo (na mão). Determina-se quem irá iniciar o jogo. O primeiro jogador, vira uma carta, e coloca a mesma no centro e diz “um”, o próximo jogador, vira outra carta e diz “2”, colocando a mesma em cima da que já está no centro. O jogo continua contando-se até 10, ao chegar no 10, inicia-se do 1 novamente. Obs: Quando for virada uma carta que corresponde ao número falado, quem da dupla for mais ágil, bate com a mão e fica com todas as cartas do centro da mesa. O jogo termina até um dos jogadores não ter mais cartas na mão. 

 16- Soma ou Subtração – Você decide! ( 2 a 4 participantes) Objetivos: Desenvolver a atenção e a concentração. Trabalhar soma e subtração Material Necessário: 1 Tabuleiro como no modelo abaixo, 2 cores de cartolina, 5 marcadores para cada participante. Jeito de Fazer e de jogar: Recorte oito quadrados de cada cor. Numere os dois conjuntos de 0 a 7. Escolher que começa o jogo, pegar 2 cartões, um de cada cor. Você pode somar ou subtrair. Coloque o marcador no quadrado que tem o resultado. Vence quem colocar 5 marcadores qualquer direção(horizontal, vertical e diagonal). 10 3 8 6 1 1 4 10 3 6 2 13 3 12 0 9 4 5 1 11 3 2 14 2 7

 17- Mais UM (2 a 4 participantes) Objetivos:Desenvolver a atenção e a concentração, trabalhar a adição Material Necessário: Uma cartela conforme figura abaixo para cada criança, 10 fichas para cada jogador,1 dado. Este é talvez o jogo mais fácil para crianças de pré-escola.Jeito de Fazer e de jogar: O primeiro jogador lança o dado e soma Mais UM ao número lançado. Coloca uma ficha no resultado. Vence o jogo quem colocar todas as fichas na cartela. 5 2 6 3 4 7 3 3 7 5 4 6 2 5 4 7 2 5 3 7 6 6 5 6 7 6 4 3 2 7 3 6 2 5 4

 18- Mais Dois (2 a 4 participantes) Jeito de Fazer e de jogar: Segue mesma regra do jogo Mais UM, apenas, soma-se +2 ao valor do dado. 3 5 7 4 8 4 3 6 4 3 6 5 6 7 5 6 5 8 4 5 3 7 4 4 5 3 6 4 3 7 6 7 6 5 7

19- Mais CINCO (2 a 4 participantes) Jeito de Fazer e de jogar: Segue mesma regra do jogo Mais UM, apenas soma-se +5 ao valor do dado.

 20- Cubra os números (2 a 4 participantes) Objetivos: Desenvolver a atenção e a concentração Trabalhar soma. Material Necessário:Um tabuleiro contendo 4x o modelo abaixo, 2 dados Jeito de Fazer e de jogar: Diferenciar com alguma cor cada fileira de números. Escolher quem começa o jogo, joga-se os dois dados e soma-se. Colocar o marcador resposta. Ao jogar novamente e cair numaresposta que já tenha marcado, passar a vez. Vence quem marcar tudo primeiro.

 21 - Motricidade oral (2 a 4 participantes) Objetivos:Trabalhar a motricidade oral e área fonoarticulatória Material Necessário: Uma trilha com muitos obstáculos, um dado e cartões contendo o que deve ser feito. Jeito de Fazer e de jogar: Ver quem inicia o jogo, jogar o dado e pular o número de casas indicado no dado. Ao cair em um obstáculo da trilha, pegar um cartão e fazer o que se pede. Obs: a professora pode ler. Os dizeres dos cartões segue anexo. 

 22- Jogo dos Sapinhos Objetivos: Trabalhar a paciência e a observação Material Necessário: Um retângulo preto de Eva (30 X 8), restos de Eva marrom, restos de Eva verde escuro e verde claro, olhinhos que mexem para os sapinhos. Jeito de Fazer e de jogar: Recortar o Eva marrom imitando 7 pedras, e colar na placa preta, uma ao lado da outra, deixando um dedo de espaço entre elas. Com o Eva verde, fazer sapinhos (podem ser comprados prontos). Colocar 3 sapinhos claros nas 3 pedras da direita e os sapinhos escuros nas 3 pedras da esquerda, sobrando a pedra do meio. Escolher quem começa o jogo, que consiste em passar os sapinhos claros para o lugar dos sapinhos verdes escuro. Regra: sapinhos claros não podem passar por cima dos sapinhos claros e vice versa, assim como não podem ultrapassar 2 sapinhos de uma única vez. 

 23- Jogo da Multiplicação ( 2 a 3 participantes) Objetivos: Desenvolver a atenção e a concentração Trabalhar a multiplicação Material Necessário: Um tabuleiro, dois dados, marcadores diferentes Jeito de Fazer e de jogar: O tabuleiro deve conter todos os números (pode-se repetir os números)possíveis da multiplicação de dois dados. Escolhe quem inicia o jogo. Jogar os dois dados e multiplica-se, marcar então o resultado com um dos marcadores. Se quando jogar os dados o resultado já tiver sido marcado, pula-se a vez. No final ganha quem tiver marcado mais vezes no tabuleiro. Números do tabuleiro: 1-2-3-4-5-6-8-9-10-12-15-16-18-20-24-25-30-36 10 7 11 9 6 11 8 7 6 7 9 10 9 10 8 6 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 15 9 10 4 16 12 30 2 6 30 4 8 2 18 15 24 25 25 16 10 3 12 36 18 9 8 20 5 5 6 3 20 24 36 1

 24- Jogo dos Pontinhos ( 2 participantes) Objetivos:Desenvolver a atenção e a concentração Trabalhar a multiplicação - soma Material Necessário: Um tabuleiro com pontinhos, canetas ou lápis de cores diferentes. Jeito de Fazer e de jogar: Fazer quadrados pela ligação de pontos, de forma que não fique nenhum ponto no interior do quadrado. Criar estratégias para formar o maior número possível de quadrados, evitando que o oponente o faça. Utilizar a soma ou multiplicação para determinar o total de pontos. O jogador pode começar a ligar os pontos onde quiser. Os pontos são unidos por um traço na horizontal ou na vertical. Quem conseguir fechar um quadrado primeiro, coloca a letra inicial do seu nome no interior do quadrado. Cada quadrado vale pontos, a ser definido no início do jogo. Vence quem fizer mais pontos. 

 25- Jogo da memória rápida (crianças em círculo) Objetivos: Desenvolver habilidade de cálculo mental Material Necessário: Uma bola de meia, papel amassado ou outro material que possa ser lançado sem machucar. Jeito de Fazer e de jogar: As crianças devem estar dispostas em pé, em círculo. Uma delas ficará no meio e deverá jogar a bola para um amigo e propor uma operação (+ - x ou ÷). Aquele que receber a bola deverá dizer o resultado. Se errar, sai da roda e espera outro aluno errar para poder retornar. 

26- Cesta pedagógica (2 a 4 participantes) Objetivos:Identificar cores, noções de quantidade, socialização, operações aritméticas (+ e -) Material Necessário: 3 dados, sendo um com 6 cores diferentes, um de números e outro com os sinais de + e - , frutinhas ou flores coloridas, na quantidade de 15 para cada cor que estiver no dado. Jeito de Fazer e de jogar: Obs: Para crianças de 3 a 5 anos, joga-se somente com o dado das cores. Cada criança escolhe uma das 6 cores. Jogar o dado e pegar uma flor ou fruta da cor correspondente. Será o vencedor que terminar de pegar primeiro suas flores ou frutas. Para crianças de 5 a 6 anos, usar o dado das cores e de quantidades. Escolher a cor, jogar os dois dados e pegar a cor e quantidade correspondente. Acima de 6 anos joga-se com os 3 dados. Caso não tenha frutinhas ou flores suficientes para pegar ou devolver, passa-se a vez. 

 27- Você é Esperto? (duplas) Objetivo: Desenvolver a habilidade de cálculo mental. Material necessário: 30 cartas numeradas (+1 +2 +3 +4 +5 -1 -2 -3 -4 -5), repetir 3x, 1 folha para registro como no modelo, lápis e borracha. Obs: Pode-se usar as cartas do jogo nº 12 Jeito de fazer e de jogar: Pense e diga um número de 2 à 10. Escolha aleatoriamente 10 cartas do monte, sem olhar. Entregue as cartas escolhidas para seu companheiro. Seu companheiro irá virando as cartas, uma a uma e você deve, com o numero escolhido e dito por você, somar ou subtrair a quantidade indicada. Estipular quantas vezes cada um jogará e depois cada jogador pode somar quantos pontos fez no total. Ex: Registro Nome dos Jogadores Nº escolhido Cartas sorteadas Total do cálculo Pedro 3 +4+3+6-5-1+5-1-2+2-4 10 Caio 9 -3+4-5+2+4+1-4-3+1+5 11

Informações sobre Ritalina(Metilfenidato) - Remédio para TDAH


Ritalina (metilfenidato) é a alternativa medicamentosa mais comum para TDAH - Déficit de Atenção e hiperatividade. Uma das preocupações mais usuais quando se tem um diagnóstico de TDAH – ou mesmo quando há apenas desconfiança diz respeito ao uso de medicação. Perguntas comuns são: Vou tomar Ritalina? Preciso mesmo tomar o remédio? O remédio vicia? É para sempre?

Recentemente, tem havido diversas críticas à aumento muito elevado (mais que 1.000% de aumento no Brasil) na prescrição de medicação para crianças, especialmente Ritalina (metilfenidato). Hoje, o Brasil é segundo pais que mais consome Ritalina no mundo. Além disso, o consumo por não-portadores de TDAH, vendas ilegais pela internet, abuso por jovens em baladas ou para melhores resultados em provas ou no trabalho, já assumiram proporções muito assustadoras e assemelhadas a outras situações de tráfico de drogas. Uma simples pesquisa pelo Google mostra como é fácil comprar Ritalina pela internet.

A faixa preta sempre assusta. É uma reação extremamente comum, devido a perguntas não respondidas, medos não resolvidos, preconceitos e falta de informação. É preciso conhecer mais sobre os tratamentos, as especificidades de cada um e, no caso da medicação, as indicações e efeitos colaterais do tratamento para TDAH com Ritalina ou outros remédios para TDAH, Hiperatividade e outras das queixas associadas.

Se fizer tratamento para TDAH com medicação / Ritalina, precisarei fazer outros tratamentos?

A medicação é uma alternativa que pode trazer muitos benefícios, por atuar diretamente sobre o funcionamento cerebral. Contudo, é preciso ter claro que as complicações associadas ao TDAH, hiperatividade, impulsividade não se reduzem a estas alterações.

Habilidades, competências, hábitos e padrões comportamentais são desenvolvidos ao longo dos anos, por processos de aprendizagem e treinamentos (conscientes ou não). Devido às alterações do TDAH, esta aprendizagem - especialmente durante a infância - é comprometida. Quando se introduz a medicação, a capacidade de controle do foco da atenção e outras funções executivas melhoram. Isto, porém, não é suficiente para desenvolver todas as habilidades necessárias nem construir novos hábitos e formas de agir.

De um modo geral, tratamentos exclusivamente baseados em medicação, mesmo que tragam efeitos positivos de curto prazo, no médio e longo prazo se mostram insuficientes para atender às necessidades, especialmente com organização, planejamento, cumprimento de prazos, auto-controle, equilíbrio emocional, capacidade de relacionamentos, entre outros. Há uma expressão muito usada a este respeito: "Pilulas não ensinam habilidades".

Isto é especialmente verdadeiro no caso de crianças que são diagnosticadas após 10 ou 11 anos de idade. Muitas delas, devido à distração ou hiperatividade próprias do TDAH, tiveram seu processo de alfabetização comprometido, bem como os primeiros desenvolvimentos do raciocínio lógico-matemático e das capacidades mais incipientes de organização e realização de tarefas. Neste caso, um tratamento exclusivamente medicamentoso serviria para reduzir a agitação - facilitando assim os períodos em sala de aula e reduzindo as queixas da escola - porém não traria ganhos ao seu desenvolvimento escolar, pois o próprio aproveitamento já sofre os efeitos do déficit de conteúdos e competências. Assim, é fundamental entender as necessidades envolvidas e certificar-se que o plano de tratamento levou-as em conta.

Trabalho do Psicopedagogo Clínico


Para evitar questões persecutórias e favorecer a formação do vínculo terapeuta/paciente, o primeiro encontro com a criança e/ou adolescente deve ser permeado de confiança e respeito. Pergunta-se à criança se ela sabe por que irá freqüentar um psicopedagogo, esclarece-se o trabalho que será realizado e respondem-se as perguntas que forem feitas. Segundo Bossa (1999, pp. 33-5), o psicopedagogo clínico deverá sempre:
• Conversar com a criança para auxiliá-la na compreensão e elaboração das
suas dificuldades.
• Brincar, pois brincando também se aprende muita coisa sobre o
funcionamento da vida, além de desenvolver a criatividade e a capacidade
simbólica.
• Jogar, pois assim a criança aprende a aceitar regras, além de desenvolver o
raciocínio, a atenção e a concentração. E também percebe que, em diferentes
situações, há ganhos e a perdas.
• Ler para a criança a fim de que ela possa conhecer e saber muitas coisas
sobre a vida e o mundo em que vive.
• Olhar as tarefas e auxiliá-las nas dúvidas e correções, analisar e entender os
erros para que os compreenda e não volte a repeti-los.
• Propor atividades para desenvolver habilidades e competências requeridas
no aprendizado escolar.
• Ajudar a encontrar a melhor maneira de estudar, pois a criança irá descobrir
o que facilita a sua compreensão e a sua memorização.
• Conversar com os pais para que possam compreender e aceitar as possíveis
dificuldades do filho (a), bem como orientá-los sobre a melhor maneira de
ajudá-lo (a).
• Sugerir que troque a criança de escola, se não for adequada para ela.
• Criar um espaço de aprendizagem a fim de proporcionar condições para que
a criança possa entender o que acontece com ela, mudando assim a direção
de sua trajetória. O psicopedagogo deverá deixar claro à criança que irá ajudá-la a aliviar a dor que talvez esteja sentindo, mas enfatizar que ele não poderá fazer isso sozinho e que ela tem sua responsabilidade nesse processo.
Nesse sentido, Bossa (1999) ressalta que é necessário a criança saber que:
• Falar dos seus medos, angústias, alegrias e tudo que a incomoda ou a
agrada;
• Brincar com o psicopedagogo, fazer o que ele pede e realizar as atividades
propostas trará benefícios a ela;
• Pode perguntar tudo que quiser saber;
• Pode dizer tudo o que pensa, inclusive se não gostar do psicopedagogo;
• Precisa cooperar com o psicopedagogo;
• É importante que não se atrase ou falte nas sessões marcadas com o psicopedagogo, pois a continuidade do trabalho é fundamental para sanar suas
dificuldades. Faz-se necessário apontar à criança que, talvez, em alguns momentos ela não queira estar lá, por não querer enfrentar suas dificuldades.

O psicopedagogo deve ajudar a criança a encarar as resistências que surgem no decorrer do processo e explicar que fugir dos problemas trará mais dor e sofrimento. É importante dizer à criança que tudo que for conversado no consultório será segredo dos dois, que se manterá sigilo.
Mas os pais e professores têm de saber, não é? Nesse caso, o psicopedagogo deverá conversar primeiro com a criança e esclarecer o porquê da necessidade de conversar com seus pais e com a equipe escolar. Todos juntos poderão ajudá-la e, assim, ela só terá benefícios. Nem sempre a criança consegue verbalizar seu sofrimento. Às vezes, nem sabe o que está sentindo, o que a faz sofrer, mas ela fala sem saber que está falando. Isso acontece quando ela brinca, joga, desenha, modela, conta e elabora histórias. Utilizando-se da linguagem pictórica e lúdica, acaba revelando sentimentos e
pensamentos que desconhece.
O trabalho clínico terminará quando a criança, sozinha, conseguir enfrentar os desafios que surgirem e quando a escola for um espaço agradável.



Para mais informações acessem: www.psicopedagogavaleria.com.br/cursos

Esse conteúdo faz parte do curso de diagnóstico psicopedagógico.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

As cores das flores

Este vídeo foi sugerido por Inez Maria Kwiecinski. Simplesmente emocionante!!! 

Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa.



Livro: Manual de Assessoramento Psicopedagógico

Manual de Assessoramento Psicopedagógico

Descrição:
Editora: Artmed


Este livro é uma referência valiosa que abrange em suas propostas de intervenção todos os diferentes cenários em que se aprende e se ensina: família, escola e sociedade.

Este Manual foi concebido como uma referência valiosa que abrange em suas propostas de intervenção todos os diferentes cenários em que se aprende e se ensina: família, escola e sociedade. Cada capítulo desenvolve as amplas possibilidades que a psicopedagogia oferece, tendo como objetivo redefinir os limites que tradicionalmente lhe foram atribuídos e definir as tarefa que correspondem a seus profissionais, tudo isso com o desejo explícito de assumir os novos desafios que a sociedade apresenta. Trata-se de uma fonte única para a formação, atualização e qualificação da prática.

Livro: Dificuldades de Aprendizagem: Manual de orientações para pais e professores

Dificuldades de Aprendizagem

Descrição:
Uma obra que aborda todos os aspectos referentes à avaliação, diagnóstico e tratamento dos problemas infantis de aprendizagem. Fotografias, esquemas, ilustrações, gráficos, exercícios, tabelas, referências e quadros explicativos que dão à obra uma ampla dimensão visual

Manual de Orientação para Pais e Professores* O QUE É APRENDER?
* CONDIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM
* ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS
* AJUDAS VISUAIS PARA MELHORAR
* ESTRATÉGIA PARA MELHORAR AS PERCEPÇÕES
* DIFICULDADES PARA MEMORIZAR
* ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A MEMÓRIA
* PLANOS DE ESTIMULAÇÃO
* JOGOS E ATIVIDADES
* ESTILOS DE APRENDIZAGEM
* TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM
* PATOLOGIAS GERAIS DA LINGUAGEM
* DIFICULDADES NA LECTOESCRITA
* DIFICULDADES NA MATEMÁTICA
* TRANSTORNOS NA PERCEPÇÃO
* TRANSTORNOS PSICOMOTORES
* A COMUNICAÇÃO
* DISLEXIAS E DISGRAFIAS


CONTEÚDO DO CD: 
* ESTRATÉGIAS DE AJUDA
* EXERCÍCIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE APTIDÕES
* JOGOS INTERATIVOS

ISBN: 978-85-89990-39-4
Páginas: 448
Formato: 17 x 24,5 cm
Luxuosa encadernação a 4 cores
Editora: Grupo Cultural

domingo, 7 de outubro de 2012

Atendimento Educacional Especializado

Atendimento Educacional Especializado

O que é? Espaços da escola, organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais especializados projetados para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais; por meio de estratégias de aprendizagem que favoreça o acesso ao currículo escolar e construção do conhecimento pelos alunos; 

Finalidade? Remover barreiras( arquitetônicas e de comunicação) que dificultam o acesso ao currículo escolar;identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos. [...] 


Como funciona? Esse atendimento será paralelo ao horário das classes comuns. complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. 


Por quem? O atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos (LIBRAS, L.Portuguesa na modalidade escrita como 2ª língua, Braille, comunicação alternativa, tecnologia assistiva, recursos ópticos e não ópticos, programas de enriquecimento curricular, adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos e outros). 


Por que o AEE? ''Por que temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza.''Boaventura Souza Santos 


Para que? " A iniciativa de implantação de salas de recursos multifuncionais nas escolas públicas de ensino regular responde aos objetivos de uma prática educacional inclusiva que organiza serviços parao Atendimento Educacional Especializado, disponibiliza recursos e promove atividades para desenvolver o potencial de todos os alunos, a sua participação e aprendizagem. Essa ação possibilita o apoio aos educadores no exercício da função docente, a partir da compreensão de atuaçãomultidisciplinar e do trabalho colaborativo realizado entre professores das classes comuns e das salas de recursos."

Brasil,2006(apud SCHIRMER et al. ,2007)

sábado, 6 de outubro de 2012

Quais os procedimentos legais para abrir um consultório, destinado ao atendimento psicopedagógico?


"Servimo-nos da presente para orientar-lhe quanto a forma que deverá ser adotada pelos psicopedagogos para abrirem uma clínica.

Primeiramente, cumpre esclarecer aos associados que a profissão de Psicopedagogia não se encontra regulamentada. Entretanto, a ABPp tem feito seu papel ao lutar pela aprovação do Projeto de Lei que visa regulamentar a referida profissão.
É necessário esclarecê-los que esta luta envolve interesses de outras profissões (psicólogos, por exemplo), de modo que, a aprovação do projeto não é algo simples, entretanto, a ABPp tem cumprido o seu papel, eis que se fez e fará presente em todos os momentos em que o projeto é posto em debate junto ao congresso, defende fervorosamente a aprovação da lei e acompanha o processo desde o seu nascedouro.
Inobstantemente a isso, é necessário alertar que o exercício de uma profissão deve sempre estar regulamentado por lei, sob pena da atividade ser considerada clandestina e passível de sofrer as sanções cíveis e penais cabíveis.
Desta forma o departamento jurídico ao sugerir a forma de abertura da clínica, tenta justamente compatibilizar os interesses dos associados, com o que determina a legislação, para que futuramente eles não sejam acusados de exercerem uma atividade ilícita.
Resta assim que, enquanto a profissão não estiver regulamentada, não é possível constituir uma clínica de Psicopedagogia e, essa observação serve tanto para pedagogos quanto para licenciados com curso de formação em outras áreas ( letras, matemática, artes, etc.).
Isto porque, quando for celebrado o instrumento de constituição da sociedade civil ele deverá ser necessariamente averbado junto ao Conselho Regional da respectiva profissão, porém não existe um conselho regional de psicopedagogos porque a profissão ainda não foi regulamentada.
Se a sociedade civil for aberta como clínica de psicopedagogia certamente haverá a disputa ou a recusa dos Conselhos de Psicologia para a averbação dessa sociedade civil, trata-se de um serviço que abrange o segmento profissional.
Por isso, indicamos para a solução desse problema que o profissional constitua a sua clínica como uma sociedade civil limitada, porém solicite a averbação junto ao conselho regional relativo à sua profissão que está formado (psicologia ou fonoaudiologia por exemplo).
Nada impede que o mesmo apresente aos seus clientes a sua especialização em Psicopedagogia, porém, a sua clínica será constituída e credenciada junto ao conselho de sua profissão inicial.
Caso o associado não tenha a intenção de constituir uma sociedade civil limitada (S/C Ltda.) poderá atuar como autônomo, emitindo RPA, especificando os serviços prestados como sendo "serviços pedagógicos voltados à área específica da psicopedagogia" ou " serviços de psicologia voltados à área específica da psicopedagogia".
Como a profissão ainda não está regulamentada, você poderá abrir uma firma individual e emitir o RPA ( Recibo de Prestação de serviço) colocando é claro no recibo como prestadora de ..........( a sua qualificação anterior), ou ainda abrir uma empresa Ltda., onde os custos de impostos são maiores. Sempre dependerá da sua formação anterior."
Desta forma, haverá a indicação da sua especialidade e estará sendo atendida a legislação em vigor.
Lembramos que, a atuação como autônomo não implica em uma carga tributária menor, dependerá da faixa de renda do associado, posto que dependendo dos ganhos que auferir poderá cair na tabela progressiva do IR, arcando como uma alíquota de 27,5%, além do ISS e INSS."

(Informação extraída do site ABPp)